domingo, 26 de junho de 2011

Lá vem "bronca"... (Parte I)


"Sede irrepreensível!"

Nas duas últimas semanas, essa poderosa palavra tem martelado meu coração com muita insistência. E o Senhor, muito prático em Seus ensinamentos, proporcionou uma experiência para que eu entendesse e assimilasse o que Ele estava querendo me dizer.
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Na última quarta-feira (22/06) fui ao Curso de Espanhol - o qual estou cursando a 1 ano - fazer a 2ª chamada da última prova do semestre. Devido à minha falta no dia "oficial" da avaliação [sábado], a professora me ligou na terça-feira me INTIMANDO para fazê-la na quarta, porque ela precisava fechar as notas na mesma semana.

Depois da tal notícia, imagine meu desespero pra estudar durante o dia todo, em plena semana de Especialização! E o pior: a aluna aqui só foi a duas aulas da unidade referente à essa última prova, devido a ensaios e tocadas sem fim.

Ligações pra galera do curso, páginas dos conteúdos sendo procuradas, livros de gramática recorridos, exercícios de revisão sendo feitos, sem saber se estava respondendo certo ou não. Ôh aflição!

Então, a quarta-feira de manhã chegou! Dia nublado, curso distante de casa, concerto da orquestra no interior do estado marcado para à tarde, e eu indo fazer uma prova logo cedo. Mas fui! Com "a cara e a coragem" [essa última, não muita! =P], e razoavelmente estudada.

Fiz a prova, e a achei boa! Deu pra desenrolar.

Comigo, mais dois alunos [também com avaliações atrasadas] estavam fazendo a avaliação. Quando terminei, a professora me chamou lá pra perto dela, começou a conversar comigo, e adivinha o que aconteceu?! Levei mó sermão!!! E com total razão.

Fui pra casa muito chateada. Estava com a sensação de que não tinha feito uma má prova, mas não gosto de ser chamada atenção, aliás, acho que ninguém gosta! Tento dar o meu melhor em tudo, mas não foi o caso nos últimos meses do curso, por isso não tiro a razão da professora.

Daí o Senhor me fez lembrar da palavra que Ele me veio trazendo todos os dias: "Sede irrepreensível!"

Se eu tivesse presente em todas as aulas, me esforçando para estudar mais a cada semana, eu poderia ter me dado melhor na prova e não ter ganho o título de "aluna faltosa".

A falha foi minha! Mesmo faltando justificadamente algumas vezes por causa do trabalho, eu devia ter me dedicado bem mais e procurado compensar minhas faltas em dias de estudo ou de monitoria no próprio curso.
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Trazendo essa lição para a nossa caminhada com o Senhor, lembro-me que constantemente falhamos, por inúmeras e inúmeras vezes! Pecamos, erramos e caímos pelo caminho por descuido, falta de atenção, ou, principalmente, por estar "firmado na areia" [nosso próprio entendimento, que sempre está mais pra "achismo"].

Ao ler esse texto, quero que você entenda que nós, como filhos amados de Deus, fomos eleitos antes da fundação do mundo para nos apresentarmos diante dEle de forma irrepreensível [Leia Efésios 1:3-4].

Porém, com o pecado, o homem foi se tornando impuro, mergulhado nas coisas mundanas e ilícitas. Foi então que Jesus veio, e mudou toda a nossa história:

"A vós também [nós, pecadores], que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo [Jesus] vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis." (Colossenses 1:21-22)

Se o Senhor nos deu a oportunidade de sermos como Ele é, não desperdicemos! Precisamos cuidar de cada área da nossa vida, para que cada uma delas seja totalmente direcionada pelo Senhor.

Mais uma vez a nossa origem humana nos diz que é impossível chegar a tal ponto, mas eu posso te dizer 2 coisas importantes:

1. Não existe filho impecável, mas existem ótimos filhos que dão prazer a seus pais por serem como são [Provérbios 10:1];

2. Deus, com Sua graça e misericórdia, segura a nossa mão e nos ajuda a não cairmos [Judas 1:24].

Então, a nossa parte é não dar motivos para sermos repreendidos.

Certo dia uma pessoa, enquanto conversava comigo, expressou que estava preocupada porque um de seus líderes na igreja tinha marcado uma pequena reunião entre os dois. Questionamentos interiores foram feitos sobre o que poderia ser, e chegou até a pensar que algum "terceiro" pudesse ter inventado alguma estória sobre ele para o líder.

Então eu perguntei:
- "Mas você não tem a consciência limpa diante do Senhor?!"
- "Tenho sim, ele não tem o que reclamar!"
- "Então não há o que temer! Se não há motivos para ser repreendido, você não será."

E no fim realmente não foi uma repreensão, nem nada parecido. Os pensamentos surgiram porque o convite soou estranho na hora, mas a conversa foi apenas para organizar e planejar metas para o trabalho que os dois desempenham juntos na igreja.

Então, que possamos sempre buscar a irrepreensão, para que quando nos encontrarmos face a face com Deus, estejamos puros e Ele nos reconheça como bons filhos.

Motivos dados ao Pai?! Só se for de alegria ;)

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"E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus."
(Apocalipse 14:5)

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